Bom dia meninas e cavalheiros!
gostava de trazer a este espaço uma possibilidade de reflexão... bem sei que reflexão é o que não falta por aqui, mas desta vez queria chamar os vossos neurónios e sinapses a pensar um tema muito querido deste que vos escreve. sem mais palavras para esta breve introdução, aqui vai o tema proposto: a dicotomia sagrado e profano!
esta dicotomia é vivida e experimentada principalmente por estes meses e neste território a que chamamos Portugal. como a podemos experimentar no Alto Minho, no Baixo Alentejo, na Beira Alta ou, nesse belo lugarejo, Freamunde. qualquer alminha santa que se desloca para um qualquer arraial não deixa de notar que o sagrado dá facilmente lugar ao profano, que tudo deixa de ser aquilo para ser isto... confuso!?! eu explico! a festa começa, como tem que ser, com uma cerimónia religiosa, mas esta é só o mote para que cerveja e vinho, que Baco portanto, se faça Homem mais uma vez em todos aqueles que se entregam a mais uma vivência mundana. ai Dionísio, ai Apolo... que fazem aqui dentro? já passamos a era da ilusão e a era em que todos adoravam deuses feitos de ouro... tantos anos a tentar combater o multiplo para dar lugar ao uno na religião e não é que se esquecem de unificar este espírito que só pensa porque vários e diferentes impulsos são atirados de uma sinapse para a outra... Portugal é o local certo para estudar isto da multiplicidade, porque a Grecia está mal e por aqui vivemos nas mais antigas fronteiras do mundo... porque Portugal é o país das romarias, porque somos laicos de constituição, mas com o maior número de feriados...
e cada um de nós vive estas festas de uma forma muito complexa, eu falo do que vi... e eu vi caríssimos, outros como eu a divertirem-se que nem pequenos diabinhos numa romaria dedicada ao martir Sebastião. se se fez martir para outros se divertirem, aqui devo dizer que também nós o louvamos!
deixo ainda espaço para pensarem como nas romarias se fazem muitos casais... a Europa ainda não percebeu bem isso, por se me ouvisse enviaria todos uma e outra vez para cá, não mais haveria falta de criancinhas, não mais se diria que o carnaval são três dias... nós é que fazemos a festa, são meses seguidos, exista figado e todos os santos ajudam. Assim também se faz macroeconomia...
beijos e até já!