quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Olha...vou-me virar para o Tó quin!!!

Carta de Amor com destino ao Jorge Daniel:




"Não sei mais o que fazer porque ando louca e doida por ti Jorge Daniel!

Eu mandote esta carta porque quero saber se gostas de min e se estás intereçado em min.

O ideal era que estiveces, mas se não estiveres eu vou ficar muito triste e se calhar vou ter que mandar uma carta ao Tó quin, mas tu é que sabes.

Todas as minhas amigas te acham o mais giro da turma e o mais adulto, por és que dá menos erros e falas como um adulto. Por exemplo, quando foste meter aqueles papeis de bolicau no lixo que nen se quer eram teus!!


Os meus pais tên um Mercedes e uma casa de férias na Vieira

Respondeme que eu sou penso em ti.


Filipa Alexandra."


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De seguida o mais belo é o preenchimento do formulário:

"Mete uma cruz (X) no quadardinho certo e deixa na minha lancheira.

1º Quadrado - Claro que sim!
2º Quadrado - Não!
3º Quadrado - Talvez
4º Quadrado - Vou perguntar aos meus pais
5º Quadrado - Outros"

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Ora bem caríssimos, aparentemente reconhecida como uma carta de Amor inocente dada a idade de quem a escreveu, mas para os mais atentos já revela muito sobre psique feminina mesmo que em tenra idade!
Reparem atentamente na alternativa chantagista, firme e convicta que é o "Tó quin" dessa menina!!! Ele próprio nem sabe que está na eminência de se tornar o mais que tudo dessa "doida e louca" na falta da doideira e loucura!!!
Eu só vejo uma de duas razões, para este tipo de chantagem espectacular, ou se calhar, as duas estão bem presentes neste processo, para esta menina estar já convicta que com estes métodos quaaaaaaase subtis possa encarcerar as duas aurículas e os dois ventrículos na sua redoma passional!!! Uma das primeiras razões, seria o incentivo da sua adorada mãe para este tipo de chantagem a duas mãos, diga-se, "Tó quin" e a casa de férias em Vieira. A outra seria, que essa menina já vem dotada de processos amoroso-maquiavélicos-chantagistas desde a sua nascença e então estas duas jogadas de mestre não mais mostram o espectacular jogo de cintura com que são dotadas essas meninas!!!
Tendo em conta a primeira razão, acredito mesmo que essa mãe deve estar casada com um qualquer "Tó quin" que dá muitos erros de caligrafia e não deita os papeís do bolicau ao lixo, e por legado quer o mesmo destino para a filha, sim, porque não se herda só dinheiro, dizem os sabidos!
Tendo em conta a segunda razão, a menina trata-se de alguém que no futuro se esforçará para ter uma casa de férias em Vieira, em Cascais, um duplex na buraca, um Mercedes, um Porsche 911 Carrera, umas quantas alternativas como o "Tó Zé", o "Tó Roscas", o "Tó Miguel" para dar máxima "O homem apanha-se pela boca"!!! Muito bom!!!



Caríssimos, deixem lá a vossa reflexão sobre esta carta, peço-vos. E não me venham com essa conversa "aí e tal, é só uma criança, santa inocência, és pior do que a miúda!!!", de pequenina é que as mães lhe torcem o pepino!!!

10 comentários:

  1. bom dia!
    este post merece toda a consideração, é um generoso exemplo da ferverosa convicção que nasce no íntimo das raparigas e se forma de solidez só vista em polímeros nanotecnológicos.
    se pensam que escolhes, enganam-se, já foram escolhidos e pouco mais vos resta, rapazes, que aceitarem ou correrem um dia, mais tarde, em sofrimento e cheios de arrependimento, atrás... a carta revela o segredo que o mundo esconde por entre raízes e aquíferos, o subestento da verdade e da vida - o primeiro vem antes do segundo! :)

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  2. L'enfant terrible, Fernando Jorgesábado, fevereiro 06, 2010 12:03:00 PM

    Menina Maria vamos pôr a tua frase da seguinte maneira:

    "...se pensam que escolhem, enganam-se, já foram escolhidos e pouco mais vos resta, raparigas, que aceitaram ou correram um dia, mais tarde, em sofrimento e cheios de arrependimento, atrás..."


    Menina será verdade esta segunda frase, ou a que primeiro referes é por assim dizer mais taxativa ou se calhar mais bonita de se dizer do teu ponto de vista? Parece-me não ser uma questão de sexo nem de referência! Olha que os polímeros não são descriminadores ao ponto de de fazer diferença neste aspecto!!!

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  3. que conversa aninada aqui vai...
    passo aqui muito rápidamente só para dizer duas coisas: a frase da maria é a versão que mais próxima do real (seja lá o que isso for) parece estar; a solidez de um polímero constituido a partir de nano é muito bem vista, permite grande flexibilidade, não é!?!
    gosto de ver o infante nestas coisas das cartas de amor, mas é para descobrires o melhor caminho?

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  4. L'enfant terrible, Fernando Jorgedomingo, fevereiro 07, 2010 12:57:00 PM

    Menino Miguel, em desacordo total que estou. Retiras a parte do "rapazes" ou mesmo "raparigas" e a essência que querem demonstrar provaria-se com a mesma natureza de força! Agora, a frase com este retoque apesar de parecer próxima do real, parece-me que não existe regra sem excepção, e sendo que a excepção existe, então essa excepção toma o contorno de regra e com isso pôe em causa a universalidade da primeira!

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  5. jorginho, o dito "não há regra sem excepção" vê a sua razão de existir na necessidade do Homem... ou seja, este ser necessita, para conhecer, de viver dicotomicamente... ou seja, nós conhecemos pelas oposições e relações... ou seja, o nosso querido cerebro funciona por associações e dissociações... isso de uma excepçao se tornar regra... bem, diria que não há regra sem excepção.
    ao que parece, a minha posição sobre quem escolhe quem, que viu o miguel aderir sem questionar, já sabia, te causa alguma orticária... mas a verdade, e só a verdade, é que a fêmea á soberana e nem te provocarei grande esforço se te pedir para olhares o mundo animal num sentido mais lato. admito, todavia, que a excepção exista, mas não o deixará de ser em condição necessária a posição dicotómica blá, blá, blá...
    é assim a vida!

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  6. L'enfant Terrible, Fernando Jorgesegunda-feira, fevereiro 08, 2010 5:23:00 PM

    Bem menina Maria, realmente concordo contigo à cerca da regra sem excepção, de facto é uma pescadinha de rado na boca! E de facto é na oposição e na diferença que nos definimos!

    Outra coisa menina Maria é que realmente vou ter que aceitar a verdade, e só a verdade que referes, porque realmente a fêmea é soberana e apresenta características que de facto o pobre macho nunca poderá igualar, o que me leva a pensar que o Jorge Daniel realmente não tem opção de escolha dada a soberania da Filipa Alexandra sobre este...tirania das tiranias!
    Posso-te acrescentar que realmente me causa de certa forma orticária que o menino Miguel concorde com esse cliché romântico/emocional que referiste no primeiro comentário, pois a frequente frase "Querer não é poder!" realmente revela uma grande contradição da sua parte!!! Chego mesmo a pensar que em alguns casos temos uma lógica de conforto emocional e em outros casos uma lógica racional, a rever então!

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  7. não posso começar a trabalhar sem responder ao infante... não há contradição, há dicotomias! é verdade que as fêmeas, como muito bem explicou a maria, dominam a cadeia de relações, mas querer não é poder - sempre! repara que o que aqui se diz é: quando duas alminhas se decidem a fazer festinhas uma à outra, essa decisão passa mais pela alminha da rapariga e menos pela decisão do rapaz. certo é que a história é contada ao contrário, é sempre o rapaz a arrebatar a rapariga e isso, diga-se a bom da verdade, é verdade por que a priori ela já decidiu que queria que fosse aquele a corteja-la... muitos outros tentarão, muitas outras podem querer, mas para dançar o tango são necessários dois.
    não sei se ficou claro, mas isto das relações é muito complexo e por mais brilhantes que sejamos, por mais belos que nos coloquemos, elas saberão sempre o que querem e já decidiram se nos vão aceitar ou recusar... diz um dos últimos estudos que elas escolhem aqueles que poderão servir melhor a "prosperidade da espécie"... bem, nem sei se será assim, mas a mente esconde coisas que nem o próprio as desvela.

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  8. L'enfant terrible, Fernando Jorgeterça-feira, fevereiro 09, 2010 1:25:00 PM

    Menino Miguel...que discurso bonito e romântico que nos presenteias velado por dictomias!
    Sabes que esse estudo que revelas sobre o que melhor pode servir para a "prosperidade da espécie" já ouvi muitas vezes ao contrário. Ficava admirado se substituisses essas ditas dictomias e resumisses todo este teu último comentário à frase "O que um não quer dois não fazem" independentemente do iniciador e do receptor, porque nos dias que correm tá na moda menino-menino e menina-menina, portanto arranjem um argumento mais forte que contrarie a última frase!!!

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  9. é verdade, como sempre digo: quando um não quer, dois não fazem!
    mas fica bem patente no meu último comentário que, quando os dois querem... aí sim, querem e podem porque ela quer, sempre o quis e permitiu que assim fosse...

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  10. L'enfant Terrible, Fernando Jorgeterça-feira, fevereiro 09, 2010 8:20:00 PM

    Estou a ver que concordas que quando um não quer dois não fazem! Mas diz-me uma coisa Miguel, porque não dizes também, porque me parece correcto "...aí sim, querem e podem porque ele quer, sempre o quis que assim o fosse". Não está correcto também? Não percebo Miguel, o teu discurso implica que na frase "quando um não quer, dois não fazem!", a parte de "um não quer" foi apropriada pela mulher, quando a frase não dá destaque ao sexo!
    No fundo concordas com a frase mas continuas a romantizar a frase como se o "querem e pode" não tivesse vontade a dois!!!

    PS: Miguel, não há mal nenhum em ser romântico, agora, não desvirtues a frase para um ideal romântico!

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