quinta-feira, 21 de abril de 2011

Ele genética, Ele ambiente... e o Ele Daemon?







Boas caríssimos!!!

Uma noite foi, em que numa das suas usuais e conturbadas  insónias, e mais uma vez em piloto automático, esse, vagueava pelo espaço na sua espetacular e “fabulástica” nave espacial.
Sempre partia desse seu  planeta de nome Genius, e na posse de seu espírito de descoberta foi à procura de outras almas planetárias. Seu nome era Gnose.

            Gnose era “filho” do seu planeta, e como herdeiro primeiro ao trono de Genius, era de natureza mentalmente irrequieta e por isso constantemente fulminado pela angústia de que seu nome estivesse continuamente sem realização. Gnose tinha na maior das suas pretensões não apenas conciliar e regular as gentes do seu planeta mas deixar como legado o entendimento do Universo para seus súbditos. Seu legado chamaria-se “O Código do Universo”.
            Na repetição de muitos anos, mais uma vez partira, agora ao nascer do segundo SOL. Vagueou durante horas sem destino pelo infinito espaço quando finalmente no painel de controlo da sua nave espacial aparece uma indicação que apontava para a aproximação de uma alma planetária. Nova no caso pois não fazia parte da base de registos da sua experimentada nave. Assim, estranhamente sem critério aparente, a não ser de quem escreve, chamou-lhe Terra.
Ele que nas suas passadas jornadas, que já contam com alguns anos – terrestres -registou várias almas plentárias na sua pessoal base de registos, iniciou mais uma vez esse ritual para se deslumbrar com as insignificantes almas desse planeta. O ritual era simples e ele tinha tempo para realiza-lo. Começaria pelo pelo vértice da pirâmide e finalizava pela base. Assim somava mais uma base ao seu pretenso legado.
Começara por estudar o planeta, esse grande vértice, depois todos os continentes, de seguida os países, as regiões, as cidades, as vilas, as freguesias, as casas, os lares. Mas à imagem dos rituais realizados noutros planetas, mais que perceber que apesar de todos partilharmos em algum ponto as diferentes hierarquias desse planeta, essas mesmas últimas bases mesmo que “filhos” do mesmo lar, este “desintegrava-se” nas evidentes diferenças dos seus múltiplos. Assim, mesmo que nesse ritual encontrasse modelos com características comuns na hierarquia social e nos seus múltiplos, estes últimos realizavam sempre uma hierarquia diferente.
            Gnose realizava que esses múltiplos mesmo sendo filhos das suas multiplicidades externas, eles também o eram à custa das suas multiplicidades internas. E são essas multiplicidades internas que comprometidas num dado momento com as externas por pretensa adaptação num outro torna-se a ruptura com as multiplicidades externas por força inadaptável das internas. Mas quais eram essas multiplicidades internas?
            Ao fim de alguns anos de procura e viajens inquietas, Gnose voltou ao seu planeta Genius e forjou o seu legado para os súbditos mas agora no final com nome diferente. Chamaria-se “A Multiplicidade dos Mundos” e no corpo do livro apenas dizia “Todos iguais, todos diferentes, faltam é folhas suficientes para as diferenças”.

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