Cá estamos nós outra vez para trazer dúvidas à certeza dessa duvidosa falta da dúvida. Naturalmente compreensível esta procura de certezas para as dúvidas, mas com as certezas lá volta a certeza da dúvida.
Será a dúvida ou a falta única certeza da nossa constante procura? Então serve como melhor proposta o exercício do questionamento ou da fé?
Dizem que a fé é o caminho da transcendência, e que se apontares convictamente para Deus ele te vai dar a resposta. Se calhar é verdade. Como queremos chegar ao fim da floresta se te distrais com as árvores? Como podes querer o céu se te preocupas com o chão que pisas? Será que um dia se chegarmos a Deus ele nos dará todas as respostas?
Dizem que o questionamento é o exercício da ciência, o ceifador da fé inquestionável. Por este caminho, um qualquer dia a religião desse Deus Einstein cai do trono à custa dos seus questionadores súbditos. Bem, que desordem cósmica!
Quando teremos definitavamente um Deus que nos estabilize na indesejada rotina das suas certezas imutáveis e nos adormeça o pensamento?
Então qual é o caminho para “Deus”? A Fé na falta da sua dúvida ou, a falta de fé na sua certeza? Se calhar o caminho está no meio. Ter fé nas nossas dúvidas, e ter dúvidas da nossa fé!
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