quinta-feira, 20 de maio de 2010

De Marte até Vénus pela A5


AAAAHHHH, cá estamos mais uma vez para falar deste circo que é a vida e todos nós palhaços fazemos parte!!!

Como diria Margarida Rebelo Pinto "Boa educação não paga imposto...ainda!" eu no mesmo tom, pelo menos acho, venho expôr um bocadinho do seu conceito de educação à imagem de Margarida Rebelo Pinto que, desvendando um bocadinho, disse que "as boas maneiras aprendem-se em qualquer idade; basta escolher bons professores, ler os livros certos(não, nada de Paula Bobone, por favor!))!"

Estava eu numa das belas esplanadas dessa minha terrinha, depois de ter feito uma visita ao meu mais recente amor platónico e sem residência, quando dou por mim situado num daqueles artigos Cor-de-Rosa ao nível de crónica que apesar de o expôr uma pequena amostra, poderá parecer naturalmente extenso:


"O trigo do Joio

Conheço alguns elementos do sexo masculino cujo objectivo de vida é a ascenção social.
Para eles, as boas maneiras são uma espécie de passaporte: saber comer à mesa, saber cumprimentar uma senhora, saber manter uma conversa de circunstância, saber escolher um vinho, saber como agradecer um presente, saber que os homens caminham sempre do lado de fora do passeio e descem as escadas antes das senhoras para as poder amparar numa eventual queda, tudo isto se aprende, ou se vai aprendendo com afinco e dedicação.
Mas a diferença entre um homem e um cavalheiro vai mais longe, porque uma boa educação é outra coisa: é algo subtil e inexplicável, que não se vê mas que está lá, na descontração natural sem à-vontade excessivo, expressa em pequenas atenções, no tom de voz certo para o momento e muitas vezes naquilo que se cala, que se finge não ter ouvido, que se faz não ter visto."

"Para eles e para eles

Ora tudo isto se aplica ainda com maior acuidade às senhoras. Embora não tenha sido apologista de qualquer tipo de opressão, acredito firmemente que há três qualidades que são indispensáveis a uma senhora: ter ouvidos e às vezes não ouvir, ter olhos e às vezes não ver, ter boca e às vezes não falar. Por mais que custe, e às vezes custa mesmo muito.

Vejamos um exemplo: rapaz bem parecido e bem na vida convida menina para jantar.
PRIMEIRA REGRA: deve oferecer-se sempre para ir buscar, ainda que ele viva em Caiscais e tenham combinado jantar em Salvaterra de Magos. Se ela disser que não, porque é daquelas independentes que não gosta de ficar preso a ninguém, o rapaz só deve desistir depois de alguma insistência. E nada de chegar atrasado, nem um minuto. Essa é uma falta de educação imperdoável, a não ser que tenha sucedido algo verdadeiramente grave, tipo cão atropelado ou um pneu furado.
Ainda que se arrisque a ser apanhado pelo radar, mais vale pagar uma multa do que fazer esperar uma senhora. Chega então a hora da refeição: não esquecer de abrir a porta do carro à menina, ou oferecer-se para lhe estacionar o bólide caso não haja lugar à porta; ajudá-la a despir o casaco, mesmo que o empregado, solícito, ofereça os mesmos préstimos; e, muito importante, não se esquecer de se levantar da mesa cada vez que a menina for à casa de banho. Esta regra é infelizmente pouco popular, está como a moda dos chapéus, praticamente em vias de extinção, mas só cai bem a quem a usa."


Depois desta amostra, caríssimos, estou a preparar um email para essa menina Margarida, mas ainda me falta algumas opiniões, sempre bom, para não ser apelidado...talvez de machista.
O email que estou a preparar situa-se ainda desta forma:


Boa tarde menina Margarida!

Eu, Fernando Jorge venho por este meio pôr em causa alguns pormenores da sua solícitada crónica nessa revista especializada, de seu nome MAXMEN sobre "Boa educação não paga imposto...ainda!"
Quando comecei a ler esse artigo, cheguei mesmo a pensar numa primeira fase que a menina iria abordar a educação como um conceito mais abrangente ao ponto de deslocar completamente essa especialista Paula Bobone, e que no final eu ficaria com a impressão que educação seria um conceito relativo, pessoal e arrisco mesmo, cultural!
No entanto, numa segunda e terceira fase, apercebi-me, que este não seria uma crónica sobre educação mas sim uma tentativa de construir uma auto-estrada entre Marte e Vénus. Mais, nessa tentativa de dissertação, fiquei claramente convencido que se tratava de testemunho inconsciente do seu Vénus e da energia que a modula.
O que eu quero dizer menina Margarida, é que se os Homens são de Marte e as mulheres são de Vénus, e sendo Vénus constítuido por Continentes, Países, Regiões e localidades diferentes, nem todas as mulheres falam a mesma língua no Planeta de Vénus. Naturalmente, o mesmo se aplica no Planeta de Marte. Nada mais mostrou aos leitores na crónica o seu ideal pessoal da aproximação de Marte a Vénus!
Outro ponto será que, no tópico "para eles e para elas", este, não menos que está ao nível de uma Paula Bobone quando esta diz "PRIMEIRA REGRA: garfo do lado esquerdo e faca do lado direito"!!!
Por último, sugiro, a qualquer cronista, no futuro, que comece sempre qualquer crónica pela sóbria e inteligente frase "Pessoalmente, na minha opinião..."


Caríssimas cobras, espero, dada a urgência do envio do email, que escrevam a vossa opinião para substituir no email o singular da primeira pessoa pelo plural da primeira pessoa, pois o Mundo é muito maior que nós próprios!

7 comentários:

  1. ao que parece cabe-me abrir as hostilidades, depois de muito tempo sem participar... bem, e a verdade é que vou repetir algo já aqui dito, ou seja, apesar de tudo - e sim, é uma questão cultural e dele não nos podemos esquecer - é de boa educação ocidental o menino promover o maior conforto da menina... digo desta forma larga, porque a melhor das educações diz que devemos saber ler as circunstâncias.
    a educação é um código, não está ao nível da genética, mas se não fosse ele, onde nos levaria a simples genética?
    não é macista aquele que protege ou permite a prioridade à menina, não é machista aquele que não permite, mas será o que a olha como um mero objecto e esquece que está ali mais do que um monte de genes...
    por yudo isto, jorginho, se queres enviar um mail a quem escreveu esse artigo, escreve que ela, e bem, até salvaguarda que nem todas as meninas querem esse tipo de tratamento e que tentar nunca é mau... que chegar atrasado é feio para ambas as partes... que de venus a marte se dá a passagem pela terra e aqui se pode aprender umas boas coisas.




    ps.: não temos que nos reger sempre pelo mesmo código, podemos sempre tentar colocar outro em debate...



    ps2.: jorginho, tinha a ideia que eras um cavalheiro...

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  2. Bem menina Maria, contigo já se pode transformar um bocado o recado à menina Margarida como uma transmissão plural.
    Quanto ao comentário, concordo com ele. No respeitante a eu ser um cavalheiro foi algo que nunca foi demonstrado aqui por mim, isso deve ser uma informação adjacente a este espaço. Eu só tento fazer leituras de circunstâncias, e nem se a leitura é correcta ao ponto do rio desaguar no mar do Cavalheirismo! Eu nem se quer compro livros do tipo "Como fazer..."!!!

    O cavalheirismo é o que a menina Margarida descreveu na sua primeira regra, ou fica-se mesmo por uma leitura do outro planeta?

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  3. ó infante de saga, mas o que vem a ser isto!?! o artigo vinha acompanhado de fotografia da menina que o escreveu? ela é gira?
    se o "cavalheirismo" fosse uma formula certa, muito homem que anda acompanhado teria as malas na rua faz muito tempo... diz-se que a ocasião faz o ladrão e, dessa forma, muita babuzeira vai sendo dita e feita... digo eu, que sou do tempo em que uma menina é tratada com toda a delicadeza que merece... a cada momento cirurgicamente doseada, mas sempre presente.
    e porque mais não me cabe dizer, fecho com o pensamento do dia: meninos, não usem o falso "não quero ser machista" para manter aquilo que não passa de faltas...

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  4. Então menino Miguel, não percebi a relação entre trazer a fotografia de uma menina gira e a legitimidade da correcção do artigo???? Deve ser um critério de absolvição!!!

    Quanto ao tratamento, eu não "sou do tempo", o que me leva a pensar que o "cavalheirismo" tem uma fórmula certa posto nos teus termos.
    Eu tento é fazer as leituras do meu tempo e aplicar o tratamento com o merecimento dos necessários adjectivos!
    A delicadeza é fruto do merecimento de uma determinada situação, esta, não é devida ao Homem ou à mulher por nascença! Percebo perfeitamente que haja uma natural delicadeza com alguém de relativo maior gosto, mas a delicadeza, digo eu pessoalmente claro, não tira pedaço mesmo para com quem é de relativo menor gosto ou nos dá menor atenção, a virtude está no meio e não no 80! Não é verdade menino Miguel?

    Espero não ter passado muitas faltas devido ao meu comentário, pode ser que sim, mas eu como sou um jovem do tempo que passa esta é a leitura presente que faço!!!

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  5. pensei que o artigo tivesse sido escrito por uma menina gira, o mail seria uma provocação para a conquista... digo isto consciente que uma falta/provocação/... pode muito bem originar uma aproximação, mas deve ser corrigida a seu tempo... seria então um intervalo, parte de um jogo. mas continuo a afirmar ser do tempo, deste tempo que é sempre presente... como disse alguém, "quem muda somos nós, o tempo é sempre o mesmo".
    este é só uma das possíveis posições face ao que aqui foi exposto, existem outras e como tão bem se diz em bom protuguês "cada um com a sua"... mas não me parece que isto, como tudo, seja uma questão de quantidade (8 ou 80), antes de qualidade (ou se tem, ou não se tem)... com isto afasto toda a questão de "bom gosto", que não é para aqui chamada... a forma de tratamento entre pessoas deve, sempre, respeitar quem dela participa, seja lá em que forma resulte.



    mas ainda não conheci nenhuma menina que não gostasse de ser tratada...

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  6. Pois, ou as pessoas mudam os tempos, ou os tempos de cada um tem que ser reconhecidos!

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  7. cada um tem que ser reconhecido e o tempo, segundo esta perspectiva, também tem que ser reconhecido como um... se gastarmos um pouco do nosso tempo desse tempo, ainda damos de caras com as mesmas questões levantadas por outros, outras tantas tentativas de resposta e muito, muito mais...
    bem, está na hora de jantar e essa é uma questão que nenhum tempo apaga, por mais respostas que tentemos dar...

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