quarta-feira, 28 de abril de 2010

Técnicamente Superficial...


Agora que está bem definida a suposta saga de um qualquer Saga - nem se quer lhe tem pertença - vamos rabiscar um bocadinho na genesis desta profissão adoptada por esse "expert" na arte do "ponho este pó debaixo do tapete do vizinho"!!!
Como diria Sherlock Holmes "Elementar, meu caro Watson"! Este será o mote para essa genesis que constantemente impulsiona essa profissão de escape!



Era uma vez um lago, misterioso, e sedutor. Esse lago que tinha um reflexo calmo à sua superfície, era intransponível à superficialidade de um qualquer olhar passageiro, reflexo exterior esse que era não mais que uma liga perfeita de Kevlar com Adamantium que não permitia aos seus salteadores curiosos enxergar sua mais turbulenta e profunda Luz, mas como uma ave de rapina conseguia aceder intensamente à luz externa! Elementarmente, esse Mundo aquático, talhado para a envolvência do domínio em todos os domínios, vê-se de súbito na miragem de uma leve e aérea brisa, curiosa por tão misterioso, sedutor e reservado elemento!
Não é comum, mas essa brisa, por razões que a própria razão não consegue explicar, deteve-se na frequência da sua curiosidade, e fitou esse reflexo.
Então certo dia, esse elemento aéreo começou a pairar sob esse outro elemento aquático. O primeiro começou a pensar sobre ele e o segundo tentou senti-lo. Os dois, do seu modo, tentaram aperceber-se mutuamente da sua Luz, iniciados pelo fascínio de suas brutais diferenças elementares!
Esta jornada de mútua percepção fascinante revelou que o seu Mundo era incompatível com a leve e aérea brisa, essa que apenas pairava e que nunca poderia ser tocada pelo mesmo modo de percepção, e portanto nunca poderia ser envolvida no seu domínio. Será um Dejá Vú? Se calhar! As brisas continuam a pairar sobre esse elemento mas continuam de Natureza pouco envolvente!!!


Explica-se então esta profissão nobre, que é o técnico de superfície, em que sua principal função é oferecer o seu desinteresse a desinteresssados. No entanto a brisa continua a pairar!!!

2 comentários:

  1. isto é que é um exercício metafórico... infante de saga, tu consegues perceber bem a tua metáfora?
    bem, temo que ela tenha resultado num exercício introspectivo, a continuação do post anterior pela pena do próprio... diria mesmo que, ao estilo da saga "star wars", esse podia ser o texto introdotório que nos invadia o ecrã e se perdia no imenso universo... diria que o filme começaria com a imagem do menino numa superfície agreste, um final de tarde com o sol a cair vertiginosamente...
    eu não entendo... se eu fosse o lago, quereria que a ... fosse a brisa. tocar-lhe-ia e ela a mim, de um jeito que completa.
    pinguinha amor, uma moeda só o é com duas faces, opostas e diferentes, complementares.
    chega de tretas lamechas, vai lá...!

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  2. Muito bom este comentario, e ainda que apoiado de introspecção!
    A esta hora e ainda elevado de um espírito superior vou contar outra história bonita!

    Nos primordios dos tempos, esses mesmos tempos estavam subjugados ao caos, reinavam por usurpação de poder o Senhor do Tempo e sua esposa e irmã. Eles, Divinos, encestavam a belo prazer na sua luxúria, e como resultado desse acto nascera outras tantas criaturas Divinas!
    Esse Senhor do Tempo, medroso da mais trágica das profecias canibalizava suas próprias crias receando o mesmo acto realizado por ele próprio a seus pais.
    Um dia Farta destes actos grotescos contra seus próprios filhos, a irmã e esposa do Senhor do tempo, por meios ardilosos salvou um dos seus filhos, no caso futuro Senhor Divino!
    Esse futuro Senhor Divino rebelou-se contra o próprio Pai e salvou todos os seus irmãos!
    Então este filho, tornou-se Senhor de tudo o que era Divino, o mais forte de todos os seus irmãos. Com efeito delegou a dois irmãos o comando de dois departamentos, ficando ele com o mais importante segundo sua consideração. A um dos irmãos entregou 75% do corpo e a outro toda a sua alma e fraqueza, ficando ele com todo optimismo. Esse grande Divino, faminto de bajulação e Amor, criou o Homem para realizar os seus intentos. Se esse criador vivia do Amor e da bajulação do Homem, um outro viva da irrealidade dele o último alimetava-se das fraquezas e de seu pessimismo!
    Esse grande Cisne Divino, certo dia, entregou-se aos prazeres mundanos e teve um filho. Esse filho foi proclamado mensageiro Divino!
    Ora naturalmente, este mensageiro que vivia ao lado de seu Pai, regozijava de optimismo, fruto de convivência mútua, e assim vivia sua vida. no entanto como tudo nem eram flores, ele tinha a sua função, o intercâmbio entre Mundos, governados pelos respectivos irmãos de seu Pai!
    Apesar desse filho ter qualidades próprias, seu Pai exaltou-o de chaves especiais para passear pelos Mundos dos irmãos de seu Pai e efectuar a devida troca!
    Assim, este mensageiro, que de introspectivo nada tinha, apenas realizava uma viagem rápida e necessária pelos dois Mundos terrenos e voltava ao conforto optimista do Mundo de seu Pai, e assim levava e trazia dos Mundos por onde transitava!

    Este mensageiro, reconhece que existem mistérios em outros Mundos mas contenta-se com a jornada que é o caminho, pois o entusiasmo dele está no percorrer e não no finalizar!


    PS:Como diz um outro Mundo "um beijo até já!"

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