sexta-feira, 3 de abril de 2009









Li no :http://ablasfemia.blogspot.com/,

Leia e escrevam sobre.... Queri mais, muito mais... Partilhem sem escolher palavras...



"O meu primeiro beijo, fonix, e nem o pude gozar como deve ser.




Eu, que passara noites e noites a tentar imaginar a que saberia, como seria, que sentiria, quando desse o meu primeiro beijo, fui ludibriado, enganado, vilipendiado. Apanhado na curva, dado à morte, vítima de alta traição, fiquei tão espantado, tão boquiaberto (literalmente forçado a tal por aquela invasiva e inédita língua na minha língua) que este primeiro beijo mais não foi do que um acidente rodoviário, uma coisa que não vi vir e que ainda não sei como raio terminou.






Entre esse beijo, que foi único e a sexta-feira seguinte, decorreram sete dias. Sete dias em que o meu estado de espirito oscilou entre a tesão pura, quando evocava a maciez dos lábios dela e a humidade quente da sua língua, e um terror aflitivo que aumentava a cada dia que passava.




E aumentava porque, nessa sexta-feira seguinte, a Sandra queria-me na sua casa. Assim, mesmo- quero que vás à minha casa na sexta-feira.E eu, obediente, fui. Era um apartamento qualquer, numa urbanização qualquer, um entre tantos outros.






Encontrámo-nos na paragem do autocarro e ela seguiu à frente, e pôs a chave na fechadura da porta do prédio, e subimos as escadas e ela abriu a porta de casa e levou-me, já de mão na mão até ao quarto dela e, claro, a casa estava vazia e o quarto dela era assim uma coisa impossível de móveis da Moviflor, se é que havia já Moviflor nessa altura, e veludos, e cortinados de rendas e coisas que as mães de então punham nos quartos dos filhos como se os filhos fossem avós, e a Sandra nem diz ai nem diz ui, deita-me na cama dela e beija-me e eu beijo-a e passamos, o quê?, duas, três horas, aos beijos, beijos de boca, de língua, só na boca, na cara, vá lá, naquele tempo ainda não sabia que os autores dos manuais sexuais dão listas exaustivas de pontos erógenos, nada disso, eram beijos famintos, dados por um tipo famélico, numa miúda que, contra todas as expectativas, estava ali, de alma e corpo (especialmente de corpo) à minha disposição.








Recordo pouco dessa fúria bocal, desse esgadanhar de dentes e línguas, cada um a emular desajeitadamente (mais eu que ela, que ela já demonstrava bem mais desenvoltura na arte que eu) poses artisticas vistas em filmes e telenovelas brasileiras, ela sempre por cima, a cavalgar-me e eu, porra, eu de calças de ganga, um autêntico erro de casting, porque um tipo que beija assim uma miúda que o beija assim, tem uma erecção de ferro, uma coisa assim a modos que betão armado, uma massa rigida enformada por vigas de aço, inquebráveis e inflexíveis, a bradar estridentemente por uma liberdade vertical, para que pudesse latejar livremente, mas que, aprisionada no denim, enrolada, pressionada e esmagada, mais não fazia do que causar dores lancinantes a quem assim tão despudoradamente a ostentava.






Dividido entre gemer de dor ou de prazer, decidi então deixar de me focar na boca dela e passar a outros territórios virgens. A medo, não fosse levar uma estalada (santa ingenuidade), as minhas mãos foram roçando aqui e ali as elevações gémeas escondidas dentro da camisola largueirona que ela ainda vestia. E digo "ainda" porque ela de repente deixa de me beijar e tira a dita camisola e fica de soutien. Ainda hoje o vejo, um soutien preto, com umas rendinhas a deixar entrever um mamilo rosa.Um mamilo rosa? Mas não são todos escuros? Aparentemente, não o eram. Assim como, colocadas as minhas mãos em cada um dos seus seios - seios maneirinhos, do tamanho de uma tangerina grande - constatei com admirável surpresa que uma mama não é rija como eu sempre supusera. Aquelas duas maminhas eram moles, muito, muito moles, uma coisa inusitada, de uma moleza como não sentira até então. Apesar disso, ou por isso mesmo, brinco com elas, experimento-as, sinto-as. Ousadia das ousadias, deslizo os dedos por debaixo dos rendados e sinto a pele macia. E ela, cavalgando-me ainda, encaixa o quadril na minha erecção e movimenta-se devagar, para cima e para baixo.






Para ser mais concreto, ela esfrega-se em mim. E eu, que me dobro de dores lá embaixo, reviro-a em desespero de causa, deito-a na cama e ficamos assim, de lado, a minha boca na boca dela, a minha mão esquerda na mama dela e a minha direita a caminho do Santo Graal.Infelizmente, a época era o que era, e a Sandra usava umas calças daquela ganga elástica, uma coisa que espero que o eterno retorno da moda não venha a ressuscitar. E (estupidamente) se lhe desaperto o cinto (uma coisa impossivelmente vermelha, perfeitamente pirosa), falho em lhe conseguir desapertar o botão das jeans.








E fico assim, com a mão torcida, garrotada pela ganga elástica, a ponta dos dedos a rastejar impossivelmente devagar até lá abaixo, mas nunca mais há pêlos?, (sim as gajas têm pêlos muito mais abaixo do que nós, eis uma lição dada naquela cama), e nova desilusão (ou, melhor, nova revelação), os pêlos delas podem ser assim, frisados e "grossos" ao tacto e ela não quer esperar mais e tira-me a mão e volta a cavalgar-me e agora não há como fugir, ela passa do trote ao galope e esfrega-se na minha erecção e geme, porra, ela não geme, ela grita, e arfa, e guincha e movimenta-se cada vez mais depressa, e eu esqueço (ou melhor, sublimo)






a dor lancinante que sinto lá embaixo, e fico boquiaberto a vê-la, cada vez mais corada, cada vez mais vermelha, cada vez mais arfante, e as gotas de suor escorrem-lhe em cascata do queixo, do nariz e caem na minha cara, e ela está de cabeça perdida, gane agora like a bat straight out of hell, completamente esquecida de mim e eu, boquiaberto, sei intuitivamente que ela se está a vir e penso, isto não é como nos livros, nos livros, elas ficam quietinhas, e suspiram, ruborizam-se um pouco, vá lá, mas aqui não, esta gaja está passada, que é isto?, e ela pára de repente, e depois não me lembro bem como foi, saí pouco depois- os meus pais estão a chegar, etc.e a coisa acabou assim, fui a coxear para casa (doeu-me tudo durante uma semana), nunca mais nos falámos (as amigas dela vieram-me dizer que ela chorou e tudo) estúpido que eu fui, que teria certamente, se tivesse persistido, deixado de ser virgem 4 anos antes, mas o choque foi grande demais, a vida não é como nos livros, grande porra essa, quem lhe mandou a ela meter-se com um rato de biblioteca, com um bicho do mato como eu, espero que tenha aprendido essa lição naquela cama, naquela tarde, pobre miúda, pobre miúdo."
Beijinhos queridos.. Eu prometo partilhar Tudo!!!!!

9 comentários:

  1. oh menina gi, não gostei... é verdade que as coisas não são como nos livros, mas também não são "grande porra"... quem escreve deve ter mais formulas naquela cabeça que todos os livros juntos... para ele, para ti, para vós, NÃO HÁ FORMULAS! depois queixam-se, não aproveitam o que vivem, contam-nas desta forma, nada bonita.

    beijo e até já

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  2. L'enfant terrible, Fernando Jorgesábado, abril 04, 2009 1:48:00 PM

    Bem, eu gostei muito, isto é digno de realização cinematográfica e real apesar do final ser frustrante!!!
    É verdade o beijo é um grande catalisador do ardor, e esta menina que aparece aqui é muito fogosa!!! 20 Valores!!!

    O Miguel gosta é de fofinhas!!! Vai dormir menino!!!


    Saudações fálicas!!!

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  3. Xuxus queridos...

    Nao importa nada se gostas-te ou nao, Miguel, o que quero mesmo é que me escrevas, para que conste como documento o vosso primeiro beijo... Quero saber TUDOOOOOOO.....
    Vá lá... é tão giro...

    "Anónimo", aquece os dedos e faz-nos deliciar, com objectividade e porcalhice, como já vem sendo apanágio, a descrição do Teu primeiro beijo...

    Olhem, eu poderia começar pelo Rui Junqueira, tinha eu 3 anos, no bucólico bosque do colégio, entre as árvores centenárias e que sentadinhos num muro...Acooonteceuuuu!!

    Nem imaginam, ainda me lembro da rede que estava estragada e que espetava nas nossas costas pequeninas e com cheiro a bebé... Mas esse conta??? Para mim acho que sim.... Ainda tínhamos dentes de leite, uma bata aos quadradrinhos azul e cor-de-rosa, respectivamente, uma Educadora de Infância (a Graça) e ainda comía-mos quadradinhos de uma marmelada deliciosa que nos davam no fim de almoço no refeitório... Ainda era um padre o cozinheiro e nao a GESTAL, como no secundário!!!!

    Bom, esse guardei-o, mas o derradeiro beijo, foi num fim de semana em Eiras - Coimbra - em que fomos todos para um retiro, conhecer "meninos de um Centro de Acolhimento Temporário"... Lembras-te, Miguel? Eu conheci o Pedro, um menino LINDO que lá vivia ... Foi nos baloiços do Centro que .... Bom, nao dormimos... Foi tão giro... Como é possivel naquela idade fazerem-se tantas promessas que sentimos e juramo-nos como eternas, como se dependesse apenas e unicamente de nós construir-mos o que quer que seja!!! Como se aos 13 anos pudesse-mos decidir o que irá ser o resto da nossa vida...

    Ainda me lembro das ramificações desse fim de semana... Guardo-as numas cartas que o Pedro me enviava em papel verde...São tão giras as palavras que a inocência tatuou durante durante mais ou menos esse ano....

    Se calhar, poderei afirmar que o meu primeiro derradeira beijo já adivinhava o curso que iria seguir 3 anos mais tarde....


    Delícia... vou ler hoje as cartas... Apetece-me... Despertou-me o lado bom de usar óculos embaciados pelo suor de Verão e pelas gotas do Inverno....

    Beijinhos queridos e váááá... Dispam-se aqui e PARTILHEM, Caríssimos....

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  4. depois da conversa de ontem, ainda queres que escreva aqui parte do meu penoso passado!? queres que exponha mais uma vez o fundo obscuro que até hoje marca penosamente os meus dias!? ainda ontem, depois de saires, lá disse «não»!, mais uma vez... sim, o meu primeiro beijo foi uma pessima experiência... mas depois outros vieram, bem melhores.

    beijo e até já

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  5. Miguel, esperava uma descrição muito mais afincada ....
    Por favor, o que é que é isso???? Vá lá, escreve aquilo que contas-te ontem.... Que mal tem??!! Quem não dá não recebe... Em nada, sabias?

    Mas ontem foi bravo, foi??? Foi a "fofinha" do Galeria Paris?

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  6. Cara Menina Gi e restantes,

    será esta menina que tanto falavam? Faz-me lembrar o "Pai Tirano"..
    "Anónimo", aquece os dedos e faz-nos deliciar, com objectividade e porcalhice, como já vem sendo apanágio, a descrição do Teu primeiro beijo...
    Quer amenina porcalhices? vou-lhe fazer a vontade!!O que quererá dizer com aquecer os dedos?Estaremos a falar daquilo? Que enquanto hover lin...e dedo não há mulher que meta medo? Bem pode dizer-e que encetei estas linhas ao melhor estilo desse livro mágico que é o "diário do meu pipi"...Querida MeninaGi o pipi não é isso que está pensar, é mesmo um individuo todo aprumadinho, vulgo direitinho(onde já ouvi isso?)
    Sim senhor estou a gostar da reviravolta do blog, passamos da filsofia para o bem mais interessante sexo.... A MeninaGi vai dizer que porventura nunca foi essa a sua intenção, queria apenas partilhar o 1º.beijo, nem vou tentar acreditar.... Contem lá o que se passou na galeria Paris, que local é esse? Tem gajas? Gajas boas que gostem de brincadeira? sim dessas Mesmo MeninaGi! Sexo sofrego, como se o Mundo fosse acabar!!! Não devia ser sempre assim?
    Já que estamos a escrever passagens de livros fica a promessa que irei postar clássicos do "diário do meu pipi".... escaldantes, descritivos até à exaustão, bem escritos e plenos de vernáculo que apimenta estas coisas..
    O meu primeiro beijos....deve ter sido ao ecrã de uma televisão qualquer quando passava um qualquer fime com Sofia Loren, bem ao menos não tive que perguntar se tinha gostado!!!!!!!!!
    Caro Miguel, quanto à Monica o que tu queres sei eu!!
    o v/"O Anónimo"

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  7. Esqueci-me de uma frase de Marquês Sade: Um homem não pode comer sózinho todas as mulheres do Mundo, mas deve tentar!
    Suficiente porca? Diga lá meninaGi....seja ofensiva, camionista não chegará...

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  8. L'enfant terrible, Fernando Jorgedomingo, abril 05, 2009 11:39:00 PM

    O Senhor Anónimo, "Um homem não pode comer sózinho todas as mulheres do Mundo, mas deve tentar!", o Senhor não tem uma "Minhoca", tem é uma rede de pesca e orgulho de ter um caixote de lixo histórico com contador de visitas!!! Recentemente mostrou o seu gosto por essa portentosa Mónica, mantenha o nível de selecção, "cão ladra não morde" e se morde é por que a cadela é fácil e está com o cio!!!

    Em tom de análise e a concordar com o nosso recente participante/amigo "Anónimo", passamos de incêndio social para filosofia, e por último de filosofia ao saudosismo, concluí-se a falta de assunto patente, um dia descreverei a alegria do meu primeiro pontapé na bola!!!

    E agora um assunto que interessa ao BLOG:
    Senhor José Miguel, o Senhor é muito guloso, não se contenta com uma? O azar do Senhor José Miguel é a "chave" de todos os infortúnios!!!

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  9. mas o que é isto!?! até já se fazem post's de acontecimentos...
    menina gi, não vou voltar ao passado como o fiz ontem, já chega, e não!, a menina do Galeria de Paris não estava ontem, como sabes. mas aconteceram outras coisas...
    queridissimo Anonimo, o Porto é uma cidade de meninas bonitas, e mulheres também, mas a Monica não, mesmo. nota-se a lacuna no que toca ao conhecimento da minha pessoa, mas um dia vamos tomar um café e tudo ficará claro!
    ao menino fernando jorge deixo uma mensagem, como bem sabes, eu não partilho desse fetiche que junta a maioria dos homens em volta desse sonho - duas mulheres... e mais não digo, o que passou, passou.
    menina gi, vá, eu deixo só o registo da mulher mais velha, que perante um menino (como eu era... ainda sou!) deixou um beijo enorme...
    mais uma coisa, este nosso Anonimo diz umas lindas coisas... não consigo seguir o Marques, mas até tenho defendido essa vidinha... por outro lado, o fruto proibido... bem, a vida é feita destas coisas, aparentes paradoxos que possibilitam esta e aquela possibilidade.

    beijo e até já

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