O que dizer deste espaço virtual de encontro intimista, de palavras incendiárias ao nível das melhoras Tertúlias Europeias. A expressão máxima dos seus insatisfeitos participantes ávidos por novidades "frescas" !
terça-feira, 16 de março de 2010
Dúvida...completamente...Existêncial
Bem, às vezes dá-me estes acessos de intriga existencial e que se seguem com essa vontadinha de expôr para quem quiser relevar!
Andava eu simplesmente naquele acto "marítimo" de costume mundial, isto é, para quem tem acesso a essas "águas" virtuais quando de repente deparo-me com uma das frases mais emblemáticas, de um tal artista demarcadamente adepto da razão e do pensamento: "Penso, logo existo!". Parece à primeira vista, pelo menos para mim, uma frase com alguma mesma razão nesse pensamento!
Não sei se, "Sinto, logo existo" teria a mesma carga emblemática, mas tendo em conta que a primeira define de alguma forma a linha de separação com os chamados animais que não os Humanos...até parece correcto...ele lá sabia que estava a dizer.
Entretanto, numa maré de fortuna, revejo a mesma frase mas com outra magia verbal, agora com o perfume mental de outro artista, e que me pareceu realmente nesse instante passível de não contradição à imagem do primeiro artista! Nesse mesmo instante começou-me a borbulhar o hemisfério esquerdo (o direito deve andar com sono) perante essa frase que é "Existo, logo penso!"
Sendo que os dois artistas tentam levar as suas frases num sentido de generalização para a simples consciência da própria existência, digo eu, essa frase "Existo, logo penso" foi um mero exercício de beleza linguistica tendo em conta a primeira, ou é em tudo igual?
Existem estudos em animais que já revelam que estes já de forma pronunciada demonstram essa capacidade mental, ainda que a linha continue a meu ver bem demarcada pela frase do primeiro artista!
Agora a frase "Existo, logo penso" será de uma forma geral correcta? o carro pelo simples facto de existir tem a capacidade de pensar e ter consciência da sua própria existência? Se calhar o segundo artista não estava aplicar essa frase num conceito geral e sim a partir de si mesmo como Humano...se calhar é isso...vou dormir...isto deve ser mesmo uma Dúvida...completamente...Existencial...que retrata a mente de um desocupado!!!
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em vez de andarmos com muitas tretas, vamos logo à fonte da frase e resolve-se o problema. para a frase original vamos consultar a obra de Descartes "meditações sobre a filosofia primeira". depois voltamos a falar e logo veremos se essa outra frase faz sentido, se diz ou não o mesmo e coisas que tal. também cairá a dúvida sobre o tal sinto... podemos não concordar com Descartes, mas levantar dúvidas sem mais, não nos leva longe. vai ler!
ResponderExcluirAinda que se calhar superficialmente fiz a minha investigação nas bases do costume, e realmente a exposição que efectuei aqui passa ao lado quase sem medida! E seria mais sério confrontar de maneira simples apenas a diferença entre as duas frases!
ResponderExcluirExpondo então a minha análise simplista da forma como Descartes tentava tomar consciência do objecto exterior, ele basicamente punha em causa a validade dos sentidos Humanos como também a validade da percepção Realidade/Sonho e ainda inseria nessa equação a mão enganadora de um qualquer Deus Omnipotente, e assim define apenas a sua existência como indubitável, pelo facto de simplesmente no acto de pensar ele toma consciência de si próprio pelo acto que ele mesmo realiza, certo...errado...mais ou menos?
Sendo assim, entenda-se que "Sinto, logo existo" não respeite a dúvida sobre a validade dos sentidos Humanos segundo Descartes, certo...errado...mais ou menos?
Então essa segunda frase "Existo, logo penso" parece-me, segundo uma superficial investigação, uma acusação de que o primeiro na sua filosofia considera que este dissocia de alguma forma a Alma do Corpo, e que essa Alma não deveria aparecer do nada, quando a força motriz da Alma é o corpo na sua consideração, certo...errado...mais ou menos?
A ver...