bom dia caríssimos!
correndo o risco de me tornar repetitivo, reparo que o mundo dos consumos rápidos, extremamente rápidos, volta a mostrar das suas. ele já nos tinha oferecido produtos de prefixos "sexual" muito interessantes, mas a falta de paciência das gentes que agora nem conseguem esperar pelo degelo, pelo desaparecimento dos glaciares dos Himalaias (parece que esperar quarenta anos e não trinta é desesperante...) inventou mais um produto, a saber, "o retrosexual"!
esta gente não sabe o que quer, a falta de paciência que apresentam não se adequa ao cavalheiro da nossa tão velha língua portuguesa, até a palavra sabe a recesso e os que a personificam são "velhos do restelo". pois claro, o retrosexual vem cobrir uma lacuna no espaço do eterno presente, do futuro anunciado, essa nova gente de saudades sempre em riste está a sair do forno, eles são a solução para elas que já não querem mais que um rótulo (e este rótulo diz: abre a porta e deixa passar primeiro a menina, carraga os sacos, caminha pelo lado de fora, ... e não tem corantes nem conservantes.).
este tema já ocupou algumas linhas deste blog, mas a persistencia do caso, a sintomatologia apresentada, requer uma e outra volta ao mesmo, até porque por estes lados paciência é o que não falta e as novas formas também merecem a sua vida com espaço para crescerem... ou perecerem, porque quem se lembra do brilhantismo do metrosexual ou do gastrosexual?
vamos lá comprar milhares de quilobytes para armazenar o presente, ele está carregado de coisas que não chegarão ao dia de amanhã e a memória, já o diz a gente de ontem, é curta!
beijo e até já.
possa, isso é que é um belo novo pacote... serias um belo retro, mas assim estás muito bem!
ResponderExcluirInteressantíssimo o Post, mas parece-me que revela apenas uma face da moeda, e neste caso muito pessoal.
ResponderExcluirEsses termos com prefixos sexuais que revelam tendências ou gostos, como quiserem, nada mais significam que a sua massificação com a aderência de novos adeptos, massificação essa que provoca o decair ou menor valorização de prefixos anteriores. Estes novos prefixos nada mais querem do que realmente solucionar lacunas que existiriam no passado e outros que surgem no presente, será certo, digo eu.
É certo que vivemos num Mundo capitalista, de resultados imediatos, consumos rápidos, extremamente rápidos, esse Mundo onde vivem aqueles que inventaram o novo conceito "retrossexual" pois outro conceito contrário não se encaixava na sua dinâmica de rapidez. Por outro lado já verificamos que neste Mundo de extremos rápidos, este mesmo Mundo, teve em tempos longinquos devido a protocolos de contemplação, os seus consumos lentos, ou mesmo extremos lentíssimos, esse Mundo que se calhar rotularia uma tendência de consumo mais rápido, contrária diga-se, provavelmente de "Avantessexual" ou mesmo "Fastssexual".
Isto tudo para dizer o quê? Que as pessoas que inventaram o termo "retrossexual" ao contrário do que diz o post sabem perfeitamente o que querem, consumo rápido, apenas não se identificam com os que tem o ideal do consumo lento, daí o termo de diferenciação e ás vezes com depreciação.
Uma coisa é certa, muitos outros prefixos irão surgir na diferença que encontramos em outros, e o que me parece é que este post é uma vontade pessoal de recuperar um ideal de outros tempos, que me parece que nunca foi perdido mas retido por quem alguns, mas que me parece que não está encontrar alma gémea na mesma vontade!
José Miguel dizem que o progresso é evolução do Homem. Eu cá me parece que o progresso não é mais que a partida do X, e com esta letra efectuar X+Y=Z e nunca mais voltar ao X, não querendo dizer que alguns não mantenham a parcela X. Quanto à Evolução dizem que é sempre para o melhor, não sei o que é isso. A interpretação que faço é na obtenção do Z uns mantiveram-se no X e outros obtiveram o Y sendo o Z uma forma diplomática de se dirigirem uns aos outros!!!
PS: Posso estar errado, é muito provável, cuidado!!!
meu mui querido infante, permite-me algumas observações. digo:
ResponderExcluir- o post é pessoal e de opinião;
- o post não diz que quem inventou o termo não sabe o que quer, pelo contrário, sabe muito bem (o "esta gente não sabe o que quer" é retórica e deve ser entendido como tal);
- a fórmula "x+y=z" está explicada de uma forma que não me convence, a saber, isso que chamas de parcela "x" está sempre presente em "z", tal como a maça colhida no pomar está presente na compota... a compota é a superação da maça como maça, mas maça.
com as observações presentes, quero dizer que o retrosexual é o cavalheiro ou gentleman, mas o de consumo rápido e tornado mais apetecivel, presente. a linguagem não é mero acessório, é com e por ela que construimos o mundo... digo eu!
Jovem José Miguel, vou fazer um ajuste à minha teoria X+Y=Z, a ver:
ResponderExcluirParcela X - Existem as pessoas que gostam de maças mas repudiam as laranjas e quem as come. De momento é esta a lei que impera na sociedade da fruta, a lei X.
Parcela Y - Existem pessoas que gostam de laranjas e repudiam as maças e quem as come. De momento essa lei não impera na sociedade da frutaria.
Agora o primeiro Ministro harmonioso que é declara X+Y=Z, a síntese! Nova lei!
Agora a minha reflexão. Qual foi a melhoria proposta aqui?
As pessoas X vão mudar de mentalidade ou gosto com Z?
As pessoas Y vão mudar de mentalidade ou gosto com Z?
Diz-me uma coisa, a tua mentalidade ou opinião alguma vez foi ou será assertiva a leis que não concordas? Em Portugal é proíbido matar outro por lei, alguma vez isso foi impedimento à vontade? Eu não vou gostar mais do meu vizinho porque agora temos um novo Z! A síntese que falas é puramente jurídica em última análise!
jorginho, jorginho!!! ao que parace perdeste-te na metáfora da fruta... é normal, já alguns se perderam por cestos de fruta. mas o ponto de partida é o teu primeiro comentário, pelo que entendo do que aqui se passa, e agora que dás o nome às coisas, vamos falar delas com jeitinho. síntese é, como o miguel referiu, a superação da tese e da antitese sem as perder. ora, no teu primeiro comentário falas em pessoas que ficam na tese - x - e outras que ficam na antitese - y -, que a síntese será a melhor forma de as juntar. até aqui tudo correcto, mas o erro ocorre neste último passo, tal como a maça é superada na compota não se perdendo totalmente, também "x" e "y" o serão em "z". não vou responder por ele, mas a minha resposta é sim, acontece a diferença (mas falar de hegel a estas horas é um crime e mais vale fafar de uma outra coisa, vou contar-e uma estória, escuta: era uma vez, na terra de um príncipe sozinho e sem companhia, uma familia que vivia numa casa sempre muito bem arrumada. nesta casa viviam a mãe e as suas quatro filhas, ou melhor dizendo, três filhas e uma escreva do lar. um dia, porque sentiam o seu filho muito só, os reis e senhores daquela terra organizaram um baile e para que o seu filho pudesse encontrar o seu amor, convidaram toda a gente. a familia referida, ao receber o convite, logo correu para se preparar, mas marginalizaram a menina que era a escrava do lar. no dia do baile esta ficou sozinha em casa e muito triste, tinha-lhe sido recusada a possibilidade de ir a uma bela festa, mas... zás! apareceu uma fada e logo a converteu em dama pronta para a festa. a menina foi e o príncipe só para ela olhou, só com ela dançou e nela encontrou o que desejava... pois claro, bateram as doze badaladas e a menina saiu a correr, perdeu o sapatinho e voltou à sua forma original... com o sapatinho o príncipe voltou a encontrar a menina e para sempre viveram felizes ;)...).
ResponderExcluirjá aqui foi dito várias vezes, a linguagem não é mero acessório!
maria, eu não diria melhor!!! muito bem, eu assino por baixo... (sou mesmo cavalheiro, até fico por baixo!)
ResponderExcluirpois, pois... tu sabes muito! cavalheiro, ficas por baixo... mas quem o trabalho todo sou eu ;)
ResponderExcluirMenina Maria, a estória do Principe e da Gata Borralheira seria um bom exemplo X+Y=Z para sempre!
ResponderExcluirApesar de haver excepções à regra parece-me que não estás consciente que o Humano tem se regido pela equação X+X=2X e por Y+Y=2Y, mas o ser Humano é mesmo assim, vive entre a dualidade do Ideal e do Terreno! Não concordam!
Menina Maria, olha que a compota em nada supera a maça. Irá sempre existir quem gosta de maça sem necessáriamente gostar de compota e vice-versa, mas gosto da vossa assertividade! Sabes, apesar da vossa assertividade maioritária contra a minha minoritária, a verdade não reside na quantidade, por isso é que as sociedades são mercuriais. Apetece-me mesmo dizer que as mudanças e as regras foram sempre alteradas pela minoria asfixiada!
jorginho, tens que ler melhor o que se escreve... não se trata de gostar de uma coisa ou de outra, antes de uma coisa participar da outra. o que no limite é dizer: é tudo a mesma coisa, a essência está lá e acontecem uns acidentes (transformações à superficie...).
ResponderExcluirainda bem que gostaste da estória;)
Pronto Menina Maria, não acrescento mais nada a esses acidentes!!!
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